quinta-feira, 18 de junho de 2009

Igreja na História

Alexander Campbell, um homem que buscava a igreja que Jesus pretendeu.


O texto abaixo não é nem inspirativo nem bíblico, mas de cunho histórico e acadêmico. Vale a pena conhecer um pouco mais sobre alguns dos muitos homens que tentaram ardentemente voltar para os ensinamentos bíblicos em sua forma pura. Contra as mitologias das informações do google, uma literatura universitária! Boa Leitura!

Capítulo 24 - a igreja nos Estados Unidos, Segunda Parte.

A igreja que tem dois nomes, ambos oficiais, "Discípulos de Cristo" e "Igreja Cristã" [ou Igreja de Cristo], diferente de outras organizações já mencionadas neste capítulo, foi inteiramente norte-americana em sua origem. Existe desde 1804, depois de um grande despertamento religioso manifestado em Tennessee em Kentucky, quando o Rev. Barton W. Stone, ministro presbiteriano, deixou aquela denominação e organizou uma igreja em Cane Ridge, Condado de Bourbon, em Kentucky, na qual a Bíblia, sem nenhuma outra declaração doutrinária seria a única regra de fé e o único nome seria Cristã.

Poucos anos depois o Rev. Alexander Campbell, ministro presbiteriano da Irlanda, adotou o princípio de batismo por imersão e formou uma igreja batista, afastando-se logo em seguida e passando a chamar seus seguidores de "Discípulos de Cristo". Tanto Stone como Campbell organizaram muitas igrejas, de modo que em 1832 suas congregações se uniram e formaram uma igreja que conservou os dois nomes, "Discípulos" e "Cristãos", e ambos foram reconhecidos. Os esforços desses dois homens tinham como finalidade unir todos os seguidores de Cristo em uma organização, sem nenhum credo, a não ser a fé em Cristo, e sem nenhum outro nome a não ser "Discípulos" ou "Cristãos".

Eles aceitam tanto o Antigo como o Novo Testamento; todavia, somente o Novo Testamento é para os cristãos a regra de fé, sem nenhuma declaração específica de doutrina. Praticam o batismo por imersão, excluindo as crianças de pouca idade, por acharem que do ato de batismo "vem a segurança divina da remissão de pecados e a aceitação por Deus". São congregacionais no sistema. Cada igreja é independente de governo externo; unem-se, porém, à denominação para o incremento da obra missionária tanto no país como no estrangeiro. Seus dirigentes são escolhidos pastores, diáconos e evangelistas, embora não reconheçam nenhuma diferença entre ministros e leigos. Através de sua história, os Discípulos de Cristo sempre foram zelosos e empreendedores na evangelização. Têm cerca de 2 milhões de membros.

Outra organização similar, também chamados "Cristãos" ou "Igreja Cristã", em 1931 uniu-se às igrejas Congregacionais.


Hitória da Igreja Cristã, Ed. Vida, 7a impressão, 2002, São Paulo SP, Jesse Lyan Hurlbut


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